O Conto do Vigário

5.95 

Mudam-se os tempos, mudam-se os contos-do-vigário. Mas, no essencial, mantém-se aquilo que os define:

«Já passaram oitenta anos desde que  ONotícias” Ilustrado deu à estampa esta narrativa na vida do Vigário. Muito mudou, na circunstância, entenda-se. Os contos viraram euros, mas o conto ainda o é. Na essência. E o senhor Vigário, lavrador e ribatejano, de que nos fala Pessoa, metamorfoseou-se num ambiente de globalização e de exuberância tecnológica. É claro que continua a haver o vigário doméstico ou local, com uma métrica modestamente artesanal de enganar o parceiro. Mas a sofisticação da trapaça é agora universal, sem muros ou obstáculos.
Há os vigários tóxicos, os vigários prolixos e os vigários que passam entre os pingos da chuva. Seguramente todos nocivos. Há, também, os vigários políticos e eleitorais que prometem sem cumprir, para crédulos e votantes sempre disponíveis para recair no conto-do-vigário.
A própria linguagem amaciou a técnica do vigário. Não mente, limita-se a dizer uma inverdade. Não tem conflitos de interesses, antes está a tirar partido de uma sinergia. Não comete burlas, o que enfrenta, coitado, são imparidades. Não é aldrabão, assume-se como flexível. Tacticamente Individualista, diz que nada tem a ver com a vida dos outros, para que os outros o deixem à vontade na sua vida. Para ele, os fins justificam, sem pestanejar, qualquer meio».

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Descrição

O Conto do Vigário

Autor: Fernando Pessoa

Prefácio: António Bagão Félix

ISBN: 978-989-615-112-6

Páginas: 40

Edição:  Mar/2011

Preço: 5,95 eur.

Colecção: Classicus

Preço Especial para clientes FOTOGRAFIA PORTUGAL: 5,36 € (10% desconto e portes grátis)

 

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Mudam-se os tempos, mudam-se os contos-do-vigário. Mas, no essencial, mantém-se aquilo que os define:

«Já passaram oitenta anos desde que  ONotícias” Ilustrado deu à estampa esta narrativa na vida do Vigário. Muito mudou, na circunstância, entenda-se. Os contos viraram euros, mas o conto ainda o é. Na essência. E o senhor Vigário, lavrador e ribatejano, de que nos fala Pessoa, metamorfoseou-se num ambiente de globalização e de exuberância tecnológica. É claro que continua a haver o vigário doméstico ou local, com uma métrica modestamente artesanal de enganar o parceiro. Mas a sofisticação da trapaça é agora universal, sem muros ou obstáculos.
Há os vigários tóxicos, os vigários prolixos e os vigários que passam entre os pingos da chuva. Seguramente todos nocivos. Há, também, os vigários políticos e eleitorais que prometem sem cumprir, para crédulos e votantes sempre disponíveis para recair no conto-do-vigário.
A própria linguagem amaciou a técnica do vigário. Não mente, limita-se a dizer uma inverdade. Não tem conflitos de interesses, antes está a tirar partido de uma sinergia. Não comete burlas, o que enfrenta, coitado, são imparidades. Não é aldrabão, assume-se como flexível. Tacticamente Individualista, diz que nada tem a ver com a vida dos outros, para que os outros o deixem à vontade na sua vida. Para ele, os fins justificam, sem pestanejar, qualquer meio».

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António Bagão Félix nasceu em Ílhavo, em 1948. Economista, é actualmente Professor Catedrático convidado na Universidade Lusíada, onde rege as disciplinas de Finanças Públicas e Ética. Ministro e Secretário de Estado em vários governos do Portugal democrático nas áreas das Finanças, da Segurança Social, do Trabalho e do Emprego.

Desempenhou também múltiplos cargos em instituições, tendo sido, nomeadamente, vice-governador do Banco de Portugal, administrador nas áreas da banca e dos seguros, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz e membro de órgãos sociais de várias instituições de solidariedade social. Tem publicados muitos trabalhos e reflexões de âmbito técnico, profissional e religioso e é também autor dos livros Do lado de cá, ao deus-dará e O cacto e a rosa. A sua paixão pela natureza e pelas árvores irá, em breve, traduzir-se em novo livro.

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Fernando Pessoa (1888-1935) é considerado um dos maiores poetas de todos os tempos. Ao longo da vida trabalhou em várias firmas como correspondente comercial. Foi também empresário, editor, crítico literário, activista político, tradutor, jornalista, inventor e publicitário, ao mesmo tempo que produzia a sua obra literária. Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterónimos (Bernardo Soares, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, …).

A produção do mais universal dos poetas portugueses incluía variadíssimos géneros e disciplinas: poemas, contos, crónicas, inquéritos, críticas literárias ou de arte, traduções, ensaios políticos, reflexões estéticas, ensaios e preceitos sobre gestão e negócios, textos publicitários, trabalhos sobre matemática e geometria, registo de patentes de invenção, problemas charadísticos, … com centenas de textos dispersos por livros (Mensagem seria, porém, o único livro editado em vida, em língua portuguesa), jornais e revistas, redigidos nas línguas portuguesa, inglesa e francesa, e uma vasta obra inédita amontoada na sua famosa arca.

Ver também Campanha de comemoração dos 80 anos da morte de Fernando Pessoa:

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